Diabetes em cães e gatos: tudo o que você precisa saber

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Publicado em:
28/10/2024

A diabetes mellitus é uma doença metabólica que afeta tanto cães quanto gatos. Segundo a Médica Veterinária Mariana da Silva, a diabetes mellitus se manifesta pela incapacidade das células de produzir e secretar insulina. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por permitir que a glicose entre nas células e seja utilizada como fonte de energia.

Dessa forma, o organismo dos pets diabéticos não consegue regular de maneira eficaz os níveis de glicose no sangue, devido a um defeito na produção ou na ação da insulina. Isso incapacita a utilização da glicose pelos tecidos, resultando em hiperglicemia prolongada, podendo causar cetoacidose e outras alterações que podem ser fatais.

Em cães, a diabetes não tratada pode resultar em cataratas, insuficiência renal e infecções recorrentes. Em gatos, a diabetes pode levar a neuropatias, perda de peso severa e hepatopatias. Esses riscos reforçam a necessidade de um diagnóstico precoce e de um tratamento eficaz.

Por isso, é importante que você, tutor ou tutora de pets, esteja sempre vigilante sobre a saúde do seu amiguinho de quatro patas, pois o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz da diabetes em animais de estimação.

Tipos de diabetes

Existem dois tipos principais de diabetes que acometem nossos amigos de quatro patas: a primeira é a Diabetes Tipo 1, também conhecida como diabetes mellitus insulinodependente, predominantemente observada em cães. 

Na diabetes tipo 1, o pâncreas é incapaz de produzir insulina em quantidade suficiente, necessitando que o pet receba insulina externa para controlar seus níveis de glicose sanguínea. Esta condição é frequentemente associada a fatores genéticos e autoimunes.

Também temos a Diabetes Tipo 2, comumente diagnosticada em gatos. Esse tipo de diabetes se caracteriza por uma resistência à insulina. Aqui, o corpo do animalzinho ainda produz insulina, mas as células não respondem adequadamente a ela. 

Embora alguns gatos possam necessitar de insulina, muitos casos podem ser gerenciados com ajustes na dieta e no estilo de vida, enfatizando a importância do controle do peso e da alimentação adequada.

Sintomas da diabetes em cães e gatos

Quais comportamentos você deve observar para suspeitar que seu pet tem algum problema de diabetes? Os sinais em cães e gatos acabam sendo um pouquinho diferentes, confira!

Sinais de diabetes em cães

Um dos primeiros sinais que os tutores costumam notar é o aumento da ingestão de água pelo cachorro. Isso ocorre porque o corpo tenta eliminar o excesso de glicose pela urina, resultando em desidratação. Como o peludo bebe mais água, eles urinam com mais frequência e em maior quantidade

Outro sintoma para ficar bem de olho no seu cãozinho refere-se ao aumento do apetite e comer mais do que o normal, pois as células do corpo não conseguem utilizar a glicose de maneira eficaz. E apesar de querer comer mais, muitos cães com diabetes perdem peso. Isso ocorre porque o corpo começa a metabolizar gordura e músculo como fontes de energia alternativa.

A falta de energia e a fraqueza muscular são comuns devido à incapacidade das células de absorverem glicose adequadamente. E a hiperglicemia prolongada pode levar à formação de cataratas, resultando em visão turva ou cegueira nos cães.

Sinais de diabetes em gatos

Similar aos cães, os gatinhos diabéticos tendem a beber mais água e urinar com mais frequência. A fome excessiva é comum tanto em cães e gatos diabéticos e, mesmo comendo bem ou até mais do que o habitual, os gatos podem perder peso devido à má absorção de glicose.

Uma característica específica em gatos é a neuropatia diabética, que causa fraqueza nas patas traseiras, dificultando a mobilidade. Nesses casos, os gatos andam no que chamam de “marcha plantígrada”, com os calcanhares no chão.

A diabetes pode afetar a saúde da pele e da pelagem, fazendo com que o pelo fique seco e sem brilho. E parecido com os cachorrinhos, os gatos diabéticos apresentam falta de energia, passando mais tempo dormindo e sendo menos ativos.

Causas da diabetes em cães e gatos

Compreender as causas da diabetes em cães e gatos pode ajudar os tutores na prevenção da doença e melhorar a qualidade de vida dos nossos peludos.

A predisposição genética é uma das principais causas da diabetes em cães e gatos. Certas raças de cães, como Poodles, Dachshunds e Schnauzers, são mais propensas a desenvolver diabetes. Em gatos, os Burmeses parecem ter uma predisposição genética maior para a doença. Apesar de não ser possível alterar a genética do pet, é importante estar ciente dessa predisposição para um monitoramento mais atento.

A obesidade é outro fator que contribui para o desenvolvimento da diabetes em cães e gatos. O excesso de peso sobrecarrega o corpo, tornando as células menos sensíveis à insulina, o que pode levar à resistência à insulina.

A alimentação inadequada, rica em carboidratos e pobre em nutrientes essenciais, também pode ser uma causa significativa da diabetes em animais de estimação. Dietas comerciais de baixa qualidade ou a alimentação excessiva de petiscos e restos de comida humana podem levar ao ganho de peso e à resistência à insulina.

Fatores hormonais também desempenham um papel importante no desenvolvimento da diabetes em cães e gatos, como a síndrome de Cushing, que pode aumentar a probabilidade de diabetes.

Doenças pancreáticas, como pancreatite crônica, podem danificar as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. A pancreatite pode ser desencadeada por diversos fatores, incluindo dietas ricas em gordura, infecções e traumas.

O uso prolongado de medicamentos, como corticosteróides, também pode aumentar o risco de diabetes em cães e gatos. Por isso, nós tutores devemos sempre seguir as orientações veterinárias quanto ao uso de medicamentos, cientes dos possíveis efeitos colaterais.

Por fim, a idade é um fator que não pode ser ignorado. A diabetes é mais comum em animais de meia-idade e idosos. À medida que os animais envelhecem, seu metabolismo desacelera, e a capacidade do corpo de utilizar a insulina de forma eficaz pode diminuir.

Como é o diagnóstico de diabetes em cães e gatos

ultrassom faz parte do diagnóstico de diabete em cães e gatos

O diagnóstico da diabetes nos pets envolve uma série de etapas que incluem a observação dos sintomas, exames físicos e testes laboratoriais.

Inicialmente, o diagnóstico de diabetes em cães e gatos começa com a observação dos sintomas clínicos apresentados pelo seu bebê de quatro patas, conforme os sintomas que citamos anteriormente. Observou algo estranho? Corre para o veterinário!

Durante a consulta, o veterinário realiza o exame físico completo para avaliar a condição geral do pet. Este exame pode incluir a verificação de sinais de desidratação, perda de peso, fraqueza muscular e alterações na pelagem. A partir dessa avaliação, o veterinário pode suspeitar de diabetes e recomendar exames laboratoriais específicos para confirmar o diagnóstico.

O diagnóstico definitivo é feito por meio de exames de sangue e urina. O teste de glicose no sangue é o principal exame utilizado para detectar níveis elevados, que é um indicador-chave da diabetes.

Além dos testes de glicose, o exame de urina também é importante. A presença de glicose na urina é outro sinal de que o seu amiguinho pode ter diabetes.

Em alguns casos, o veterinário pode recomendar testes adicionais para confirmar o diagnóstico e avaliar a saúde geral. Um exame de frutosamina pode ser solicitado para avaliar os níveis médios de glicose no sangue nas últimas duas a três semanas. 

Outros exames, como ultrassonografia abdominal, podem ser realizados para avaliar a saúde do pâncreas e descartar outras condições que possam estar contribuindo para os sintomas.

O veterinário pode recomendar exames de sangue mais abrangentes para avaliar a função renal, hepática e outros parâmetros importantes.

Cuidados diários com animais com cães e gatos

Uma das responsabilidades mais importantes ao cuidar de um cachorrinho ou gatinho com diabetes é garantir que ele receba sua medicação regularmente. Para muitos cães e gatos diabéticos, isso significa aplicar injeções de insulina. A dosagem e o tipo de insulina serão determinadas pelo veterinário, que também vai ensinar como aplicar de um jeito seguro e eficaz.

A alimentação é outro pilar importante nos cuidados de pets com diabetes, que precisam de uma dieta balanceada que ajude a regular os níveis de glicose no sangue. Geralmente, recomenda-se uma dieta rica em fibras e com menos carboidratos simples para ajudar a controlar os picos de glicose.

Monitorar os níveis de glicose no sangue também é rotina na hora de cuidar dos bichinhos com diabetes. Os tutores devem aprender a medir a glicose em casa usando glicosímetros específicos para animais. Registrar os níveis de glicose pode ajudar o veterinário a ajustar a dose de insulina conforme necessário. Além disso, observar atentamente o comportamento e a saúde do seu amiguinho pode fornecer pistas importantes sobre como ele está respondendo ao tratamento.

A hidratação adequada é essencial para animais com diabetes, pois a hiperglicemia pode causar desidratação. Se notar um aumento significativo na sede ou na micção, informe o veterinário, pois isso pode indicar a necessidade de ajustes no tratamento.

O exercício regular ajuda a manter um peso saudável e a melhorar a sensibilidade à insulina. Para cães, dar uma voltinha e brincadeiras são ótimas formas de atividade física. Gatos podem ser incentivados a se exercitar com brinquedos e escaladas.

Proporcione um ambiente tranquilo e evite mudanças bruscas na dieta ou nos horários de alimentação. Isso porque o estresse e mudanças repentinas na rotina podem afetar os níveis de glicose no sangue.

Levar seu peludo para consultas veterinárias regulares é pré-requisito para monitorar o progresso do tratamento e fazer ajustes necessários.

Como a alimentação natural pode ajudar um pet com diabete

alimentação natural ajuda cães e gatos com diabetes

De acordo com a Médica Veterinária Patrícia Imai, as dietas mais eficazes são aquelas contendo o máximo de fibras e carboidratos complexos digestíveis. Por isso, optar por uma dieta balanceada, específica para as necessidades nutricionais do seu pet, ajuda no controle e prevenção da diabetes.

A alimentação natural é feita com ingredientes frescos, como carnes, vegetais, frutas e grãos, que são preparados de forma a preservar seus nutrientes. Para pets diabéticos, uma dieta rica em nutrientes e livre de conservantes contribui de verdade para a estabilidade dos níveis de glicose no sangue. 

Isso ocorre porque alimentos naturais, especialmente aqueles ricos em fibras e proteínas, ajudam a regular a absorção de glicose e evitar picos repentinos nos níveis de açúcar no sangue.

Um dos principais benefícios da alimentação natural para cães e gatos com diabetes é a redução na ingestão de carboidratos, que são rapidamente convertidos em glicose no organismo. Dietas comerciais frequentemente contêm altos níveis de carboidratos refinados, que podem causar picos de glicose no sangue.

Carnes frescas fornecem proteínas essenciais que ajudam a manter a massa muscular e a promover a saúde geral. Proteínas também têm um impacto menor nos níveis de glicose no sangue em comparação com carboidratos, tornando-as uma escolha ideal para a dieta de um pet diabético.

Vegetais frescos são excelentes fontes de fibra e ajudam a retardar a digestão e a absorção de carboidratos, contribuindo para a regulação dos níveis de glicose no sangue. Além disso, a fibra promove a saúde digestiva e pode ajudar a prevenir a constipação, um problema comum em animais com diabetes.

Outro aspecto importante da alimentação natural é a ausência de aditivos e conservantes artificiais, que podem ter efeitos negativos na saúde, desencadeando reações inflamatórias e afetar negativamente o metabolismo do seu amiguinho de quatro patas.

Dietas balanceadas para o tratamento adequado do seu pet

Personalizar a dieta do seu bichinho de estimação com diabetes é mais fácil com a alimentação natural. Cada pet é único, e suas necessidades nutricionais podem variar. 

Trabalhar com um veterinário ou um nutricionista para desenvolver uma dieta personalizada pode garantir que seu cão ou gato receba todos os nutrientes essenciais de que precisa, enquanto se mantém dentro das restrições dietéticas necessárias para o manejo da diabetes.

Se você precisa de ajuda, conte com o apoio do Mascote Care, serviço de telemedicina veterinária nutricional aqui da Mascote Fit! Nossos veterinários realizam consultas detalhadas, analisando exames e históricos de saúde para criar um plano alimentar personalizado.

Aqui na Mascote Fit, nós preparamos a alimentação natural de cada pet seguindo rigidamente as recomendações dos Médicos Veterinários especialistas.

Após cozinhar tudo no vapor para não perder os nutrientes dos alimentos, nós congelamos cada pacotinho com a porção diária de saúde e felicidade que seu amigo de quatro patas precisa. Ah, e o mais legal: a gente já coloca toda a suplementação indicada para o seu cachorrinho.

Assim, basta descongelar e servir a comidinha para seu peludo. Fazemos isso para facilitar a sua rotina e, principalmente, para garantir que você consiga oferecer uma dieta 100% balanceada com tudo o que seu pet precisa.

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