Você sabe quais são as vacinas para cachorro que seu pet deve tomar no primeiro ano de vida e anualmente? Para te ajudar a deixar seu bichinho de estimação imunizado, nós vamos trazer neste texto dicas da Médica Veterinária Vitória Marques, a Nutróloga e Responsável Técnica que cuida das dietas de nossos clientes aqui na Mascote Fit.
A profissional nos passou todos os detalhes e o que fazer para manter a carteirinha de vacinação do seu cachorro sempre em dia!
A veterinária que elabora as dietas aqui na Mascote Fit reforça que “de acordo com as novas diretrizes da WSAVA, não se deve iniciar o protocolo vacinal de um filhote com menos de 6 semanas, pois corre o risco dos anticorpos maternos interferirem”.
Vitória explica que “os anticorpos maternos de cães são adquiridos principalmente através do consumo de colostro nas primeiras horas após o nascimento. Eles fornecem imunidade passiva. Embora sejam importantes para proteger filhotes de cães nas primeiras semanas de vida, também podem interferir com a capacidade do animal jovem de desenvolver a sua própria resposta imunológica ativa à maioria das vacinas”.
Caso seu peludo tenha mais de 26 semanas, Vitória Marques indica que não será necessário aplicar várias doses de vacina no pet, “geralmente será preciso 2 doses que irá imunizá-lo, pois ele não tem mais os anticorpos da mãe”, complementa.
A profissional comenta que os animais só vão estar imunizados quando realizarem a última dose do protocolo. Até que isso seja feito, não leve o pet para passeios.
No Brasil, as vacinas obrigatórias para cães são a vacina polivalente ou múltipla, também chamada de vacina V8/V10, e a vacina antirrábica. O primeiro ano de vida do cachorrinho é o mais movimentado em se tratando de vacinação. São vários reforços essenciais para que esse filhote cresça com saúde.
Segundo a médica veterinária aqui da Mascote Fit, “as vacinas V10 ou V8 em filhotes têm de 3 a 4 doses, com intervalo de 2 a 4 semanas (tudo depende da localidade onde o animal vive) e sendo a última administrada até as 16 semanas”. Esse prazo de intervalo será definido pelo seu médico veterinário.
Quando o cachorro está com 12 semanas de vida, é necessário aplicar a vacina contra a raiva, considerada obrigatória no Brasil. É feita uma única dose com reaplicação anual.
A vacina polivalente ou vacina V10 protege contra:
Atualmente, sim, a recomendação é de que anualmente seu cachorro receba as vacinas consideradas obrigatórias. Em filhotes, é interessante “considerar revacinar o cão por volta dos 6 meses de idade, em vez de esperar até que o cão tenha 12 a 16 meses de vida”, explica Vitória Marques.
É verdade que existem diversos estudos e evidências, como é citado no artigo da Professora e Médica Veterinária Mitika K. Hagiwara, de que a duração (mínima) da imunidade pós-vacinal é muito maior do que se supunha inicialmente.
Com isso, existem estudos com a proposta de vacinar os pets a cada três, quando se trata das vacinas contra as infecções virais (cinomose, parvovirose canina e adenovirose).
Entretanto, para a adoção de revacinação a cada três anos, esbarra-se em algumas questões que necessitam ser revistas, como a composição das vacinas, rótulos e o hábito de ir ao veterinário, que infelizmente não ocorre em todas as famílias. No artigo da Revista Cães e Gatos, você encontra mais detalhes.
As vacinas contra a gripe são consideradas opcionais para cães e tudo vai depender do estilo de vida do pet, dos riscos aos quais ele está exposto e da distribuição geográfica do agente infeccioso.
A vacina contra a gripe, por exemplo, costuma ser indicada para cães que convivem muito com outros cachorros ou frequentam hotéis. Por isso, sempre converse com seu veterinário de confiança para que ele oriente o melhor protocolo de vacinação para seu peludo.
Caso tenha a indicação, a médica veterinária Vitória Marques comenta que existem duas opções de vacina contra a gripe, sendo a injetável e a intranasal. Segundo ela, “a vacina injetável deve seguir o mesmo protocolo da V10 e V8 em filhotes e em adultos, 2 doses com a revacinação anual”.
A profissional explica que a vacina intranasal, também chamada de vacina de “mucosa”,
tem uma vantagem: ela pode ser utilizada em filhotes com a imunidade materna, aplicando a primeira dose a partir de 3 semanas de vida. A recomendação é vacinar o pet anualmente contra a gripe e, nos primeiros 10 dias após a aplicação, o peludo pode apresentar sinais respiratórios.
A médica veterinária aqui da Mascote Fit, Vitória Marques, explica que a vacina contra Giardia não é recomendada, “pois não há evidências científicas suficientes para justificar seu uso”.
Segundo ela, “a infecção por Giardia duodenalis não apresenta risco à vida, responde ao tratamento e raramente é transmitida de cães adultos ou filhotes para humanos. A vacina não previne a infecção e os cães vacinados podem desenvolver sinais clínicos de infecção.
A prevenção se baseia em higiene, tratamento de animais com sintomas e uso de água fervida ou filtrada”, complementa.
Outra vacina que não é recomendada para os cães é a coronavírus entérico canina. “Os anticorpos produzidos pela vacina, não se encontram com o antígeno, por ser uma vacina parenteral e o coronavírus em cães não faz viremia [que é a presença de vírus no sangue circulante em um ser vivo]. Ele pode causar diarreia (moderada) em filhotes com menos de 6 semanas. Em adultos, a infecção é assintomática”, explica a veterinária Vitória Marques.
Essa é uma dúvida muito comum quando pensamos em vacinas para cachorro. Segundo a veterinária aqui da Mascote Fit, “existem algumas diferenças entre as vacinas importadas e nacionais, mas a principal é a eficácia e a segurança, onde as vacinas importadas passam por testes rigorosos de segurança e eficácia e seguem a regulamentação e padrão correto”.
A profissional ainda complementa que “outra diferença é o preço, pois a vacina nacional tem um valor inferior. Porém, pode ser vendida em qualquer estabelecimento e aplicada por pessoas inexperientes ou pelo próprio proprietário. E o barato poderá sair muito caro, pois o animal não terá anticorpos produzidos para a completa imunização”. Ou seja, quem tem autoridade para escolher qual é a melhor opção para seu peludo é seu médico veterinário, ok?
A médica veterinária Vitória Marques nos explicou que ainda existem duas vacinas para cachorro que são pouco conhecidas. Uma é contra a Leptospirose e outra contra a Leishmaniose.
De acordo com a profissional, “na nova diretriz de vacinação de 2024, a Leptospirose é considerada uma vacina essencial no Brasil. Filhotes recebem 2 doses com intervalo de 2 a 4 semanas a partir da 8ª semana. Cães adultos recebem 2 doses com intervalo de 2 a 4 semanas e a revacinação anual.”. Vale reforçar que a vacina V10 para cachorros protege contra quatro tipos de leptospirose.
Dessa forma, se você mora em alguma região endêmica que tenha incidência de ratos, vale ficar atento e conversar com seu veterinário.
Existe também a vacina contra a Leishmaniose. Vitória reforça que “essa doença está presente em alguns estados do Brasil, sendo uma zoonose que causa um grande impacto na saúde pública. Por isso, é importante conversar com o seu veterinário de confiança para não negligenciá-la”.
O aviso de Vitória Marques é que “nas primeiras 24 horas, podem ocorrer eventos adversos pós-vacinação, sendo os mais comuns: dor e inchaço no local da injeção, e reações mais sistêmicas como letargia, ou ficar sem comer, ter febre e até mesmo vômitos podem ser observados”.
Por isso, nós pedimos dicas para a médica veterinária da Mascote Fit sobre o que fazer após a aplicação das vacinas para gerar um bem-estar para nossos cachorrinhos. Confira as recomendações da profissional com o que o tutor deve fazer no dia da vacinação:
Caso o animal apresente qualquer tipo de reação adversa, não o automedique: sempre entre em contato com o médico veterinário de sua confiança para ele examinar e prescrever a medicação correta.
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