Vacinas para cachorro: quais são e quando seu animal deve tomar?

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Publicado em:
28/10/2024

Você sabe quais são as vacinas para cachorro que seu pet deve tomar no primeiro ano de vida e anualmente? Para te ajudar a deixar seu bichinho de estimação imunizado, nós vamos trazer neste texto dicas da Médica Veterinária Vitória Marques, a Nutróloga e Responsável Técnica que cuida das dietas de nossos clientes aqui na Mascote Fit.

A profissional nos passou todos os detalhes e o que fazer para manter a carteirinha de vacinação do seu cachorro sempre em dia!

A veterinária que elabora as dietas aqui na Mascote Fit reforça que “de acordo com as novas diretrizes da WSAVA, não se deve iniciar o protocolo vacinal de um filhote com menos de 6 semanas, pois corre o risco dos anticorpos maternos interferirem”.

Vitória explica que “os anticorpos maternos de cães são adquiridos principalmente através do consumo de colostro nas primeiras horas após o nascimento. Eles fornecem imunidade passiva. Embora sejam importantes para proteger filhotes de cães nas primeiras semanas de vida, também podem interferir com a capacidade do animal jovem de desenvolver a sua própria resposta imunológica ativa à maioria das vacinas”.

Caso seu peludo tenha mais de 26 semanas, Vitória Marques indica que não será necessário aplicar várias doses de vacina no pet, “geralmente será preciso 2 doses que irá imunizá-lo, pois ele não tem mais os anticorpos da mãe”, complementa.

A profissional comenta que os animais só vão estar imunizados quando realizarem a última dose do protocolo. Até que isso seja feito, não leve o pet para passeios. 

Vacinas para cachorro: quais são e quando seu animal deve receber?

vacinas para cachorro

No Brasil, as vacinas obrigatórias para cães são a vacina polivalente ou múltipla, também chamada de vacina V8/V10, e a vacina antirrábica. O primeiro ano de vida do cachorrinho é o mais movimentado em se tratando de vacinação. São vários reforços essenciais para que esse filhote cresça com saúde.

Segundo a médica veterinária aqui da Mascote Fit, “as vacinas V10 ou V8 em filhotes têm de 3 a 4 doses, com intervalo de 2 a 4 semanas (tudo depende da localidade onde o animal vive) e sendo a última administrada até as 16 semanas”. Esse prazo de intervalo será definido pelo seu médico veterinário.

Quando o cachorro está com 12 semanas de vida, é necessário aplicar a vacina contra a raiva, considerada obrigatória no Brasil. É feita uma única dose com reaplicação anual.

A vacina V10 protege os cachorros contra quais doenças?

A vacina polivalente ou vacina V10 protege contra:

  • Cinomose: doença altamente contagiosa que provoca vômitos, diarréia, convulsões e pode levar os cachorros à morte;
  • Parvovirose: doença muito perigosa, especialmente para filhotes. É transmitida pelo contato de um animal sadio com as secreções de pets doentes;
  • Coronavirose: doença que provoca vômitos, diarréia com sangue, febre e redução de apetite, e pode levar o pet à morte;
  • Hepatite: doença transmitida pelo contato com sangue contaminado pelo adenovírus canino. Em casos graves, o pet pode ficar em coma;
  • Adenovirose: doença que provoca problemas respiratórios, até mesmo pneumonia;
  • Parainfluenza: transmitida pelo contato direto entre animais, essa doença causa tosse, coriza e febre. A queda de imunidade pode acarretar problemas graves;
  • Leptospirose: doença que causa vômito, diarréia, alterações renais, hemorragias e pode levar o cachorrinho à morte. A vacina polivalente V10 protege contra quatro subtipos de leptospirose.

É necessário vacinar o cachorro anualmente?

Atualmente, sim, a recomendação é de que anualmente seu cachorro receba as vacinas consideradas obrigatórias. Em filhotes, é interessante “considerar revacinar o cão por volta dos 6 meses de idade, em vez de esperar até que o cão tenha 12 a 16 meses de vida”, explica Vitória Marques.

É verdade que existem diversos estudos e evidências, como é citado no artigo da Professora e Médica Veterinária Mitika K. Hagiwara, de que a duração (mínima) da imunidade pós-vacinal é muito maior do que se supunha inicialmente.

Com isso, existem estudos com a proposta de vacinar os pets a cada três, quando se trata das vacinas contra as infecções virais (cinomose, parvovirose canina e adenovirose).

Entretanto, para a adoção de revacinação a cada três anos, esbarra-se em algumas questões que necessitam ser revistas, como a composição das vacinas, rótulos e o hábito de ir ao veterinário, que infelizmente não ocorre em todas as famílias. No artigo da Revista Cães e Gatos, você encontra mais detalhes.

Vacinas para cachorros consideradas opcionais

As vacinas contra a gripe são consideradas opcionais para cães e tudo vai depender do estilo de vida do pet, dos riscos aos quais ele está exposto e da distribuição geográfica do agente infeccioso. 

A vacina contra a gripe, por exemplo, costuma ser indicada para cães que convivem muito com outros cachorros ou frequentam hotéis. Por isso, sempre converse com seu veterinário de confiança para que ele oriente o melhor protocolo de vacinação para seu peludo.

Caso tenha a indicação, a médica veterinária Vitória Marques comenta que existem duas opções de vacina contra a gripe, sendo a injetável e a intranasal. Segundo ela, “a vacina injetável deve seguir o mesmo protocolo da V10 e V8 em filhotes e em adultos, 2 doses com a revacinação anual”.

A profissional explica que a vacina intranasal, também chamada de vacina de “mucosa”, 

tem uma vantagem: ela pode ser utilizada em filhotes com a imunidade materna, aplicando a primeira dose a partir de 3 semanas de vida. A recomendação é vacinar o pet anualmente contra a gripe e, nos primeiros 10 dias após a aplicação, o peludo pode apresentar sinais respiratórios.

Vacinas não recomendadas para cachorros

A médica veterinária aqui da Mascote Fit, Vitória Marques, explica que a vacina contra Giardia não é recomendada, “pois não há evidências científicas suficientes para justificar seu uso”.

Segundo ela, “a infecção por Giardia duodenalis não apresenta risco à vida, responde ao tratamento e raramente é transmitida de cães adultos ou filhotes para humanos. A vacina não previne a infecção e os cães vacinados podem desenvolver sinais clínicos de infecção.

A prevenção se baseia em higiene, tratamento de animais com sintomas e uso de água fervida ou filtrada”, complementa.

Outra vacina que não é recomendada para os cães é a coronavírus entérico canina. “Os anticorpos produzidos pela vacina, não se encontram com o antígeno, por ser uma vacina parenteral e o coronavírus em cães não faz viremia [que é a presença de vírus no sangue circulante em um ser vivo]. Ele pode causar diarreia (moderada) em filhotes com menos de 6 semanas. Em adultos, a infecção é assintomática”, explica a veterinária Vitória Marques.

Vacina importada x vacina nacional: como escolher a melhor opção?

vacinas para cachorro

Essa é uma dúvida muito comum quando pensamos em vacinas para cachorro. Segundo a veterinária aqui da Mascote Fit, “existem algumas diferenças entre as vacinas importadas e nacionais, mas a principal é a eficácia e a segurança, onde as vacinas importadas passam por testes rigorosos de segurança e eficácia e seguem a regulamentação e padrão correto”.

A profissional ainda complementa que “outra diferença é o preço, pois a vacina nacional tem um valor inferior. Porém, pode ser vendida em qualquer estabelecimento e aplicada por pessoas inexperientes ou pelo próprio proprietário. E o barato poderá sair muito caro, pois o animal não terá anticorpos produzidos para a completa imunização”. Ou seja, quem tem autoridade para escolher qual é a melhor opção para seu peludo é seu médico veterinário, ok?

Duas vacinas para cachorro pouco conhecidas

A médica veterinária Vitória Marques nos explicou que ainda existem duas vacinas para cachorro que são pouco conhecidas. Uma é contra a Leptospirose e outra contra a Leishmaniose

De acordo com a profissional, “na nova diretriz de vacinação de 2024, a Leptospirose é considerada uma vacina essencial no Brasil. Filhotes recebem 2 doses com intervalo de 2 a 4 semanas a partir da 8ª semana. Cães adultos recebem 2 doses com intervalo de 2 a 4 semanas e a revacinação anual.”. Vale reforçar que a vacina V10 para cachorros protege contra quatro tipos de leptospirose.

Dessa forma, se você mora em alguma região endêmica que tenha incidência de ratos, vale ficar atento e conversar com seu veterinário. 

Existe também a vacina contra a Leishmaniose. Vitória reforça que “essa doença está presente em alguns estados do Brasil, sendo uma zoonose que causa um grande impacto na saúde pública. Por isso, é importante conversar com o seu veterinário de confiança para não negligenciá-la”.

Quais cuidados os tutores devem ter com os animais após a vacinação?

O aviso de Vitória Marques é que “nas primeiras 24 horas, podem ocorrer eventos adversos pós-vacinação, sendo os mais comuns: dor e inchaço no local da injeção, e reações mais sistêmicas como letargia, ou ficar sem comer, ter febre e até mesmo vômitos podem ser observados”.

Por isso, nós pedimos dicas para a médica veterinária da Mascote Fit sobre o que fazer após a aplicação das vacinas para gerar um bem-estar para nossos cachorrinhos. Confira as recomendações da profissional com o que o tutor deve fazer no dia da vacinação:

  • Antes de vacinar o seu pet, garanta que ele esteja saudável, hidratado e bem nutrido;
  • Mantenha o animal em seu habitat de confiança, para que ele consiga se recuperar;
  • Observe se o focinho do animal não está seco e com temperatura mais quente que o normal, pois isso pode representar febre;
  • Na suspeita de aumento de temperatura, contate seu médico veterinário de confiança para ele prescrever um medicamento;
  • Pode acontecer do pet não querer comer ou ficar mais quietinho, e isso é algo normal, não force nada. Deixe seu amiguinho à vontade;
  • Os sintomas devem cessar em no máximo 24 horas, caso não ocorra, procure o médico veterinário.

Caso o animal apresente qualquer tipo de reação adversa, não o automedique: sempre entre em contato com o médico veterinário de sua confiança para ele examinar e prescrever a medicação correta.

Dietas balanceadas para aumentar a longevidade do seu pet

transição da ração para alimentação natural

Você viu que vacinar seu cão é um ato de amor e contribui de verdade para aumentar a longevidade do seu amiguinho de quatro patas - e cuidar bem da alimentação dele também agrega nesse sentido! 

E a alimentação natural, feita com ingredientes frescos, sem conservantes ou corantes, é tudo de bom para você garantir uma dieta rica em nutrientes que vão fortalecer as defesas do corpo do cão, tornando-o mais capaz de combater infecções e inflamações.

Aqui na Mascote Fit, nós preparamos a alimentação natural de cada pet seguindo rigidamente as recomendações dos Médicos Veterinários especialistas. Se você não tem o contato de um veterinário nutrólogo, conte com o apoio do Mascote Care, serviço de telemedicina veterinária nutricional aqui da Mascote Fit! Nossos veterinários realizam consultas detalhadas, analisando exames e históricos de saúde para criar um plano alimentar personalizado.

Com o plano montadinho, vamos ao preparo! Após cozinhar tudo no vapor para não perder os nutrientes dos alimentos, nós congelamos cada pacotinho com a porção diária de saúde e felicidade que seu amigo de quatro patas precisa. Ah, e o mais legal: a gente já coloca toda a suplementação necessária para seu cachorrinho.

Assim, é só descongelar e servir o papazinho para seu peludo. Fazemos isso para facilitar a sua rotina e, principalmente, para garantir que você consiga oferecer uma dieta 100% balanceada com tudo o que seu pet precisa, aproveitando todos os benefícios da alimentação natural para pets.

Mude a dieta do seu pet! Use nossa calculadora de alimentação natural para receber um orçamento personalizado da AN que seu animalzinho de estimação precisa.

SEU PET MERECE O MELHOR

É hora de dar a alimentação natural que seu pet nasceu para
comer e ter uma vida saudável.